quarta-feira, 14 de março de 2007

Campo de Golfe da Pampilhosa

Este é mais um caso de inabilidade política.
Parece impossível, mas apetece mesmo dizer que para se ter sucesso num projecto tem que se fazer precisamente o contrário do que o Senhor Presidente da Câmara da Mealhada faz.
Um projecto desta dimensão merece obrigatoriamente uma atenção especial.
Definir uma zona para a sua implantação sem que para isso tivesse existido uma conversa prévia com os proprietários, foi o mesmo que pedir para ter oposição, desconfiança e aquilo que à partida parecia ser um bom projecto transformou-se num pesadelo.E isto acontece apenas porque algumas pessoas, quando estão no poder demasiado tempo, pensam que podem decidir sozinhos e que não precisam da opinião de ninguém.O adiar sistemático de reuniões com a direcção da associação - criada para defender os interesses legitimos dos proprietários - sob o pretexto de que todos estão bem informados, tem contribuido decisivamente para o insucesso deste projecto.Anos e anos a prometer um Campo de Golfe, como a salvação do concelho e depois passarem esses anos sucessivamente sem que nada se faça e nada se saiba contribui naturalmente para o descrédito total.
Será possivel anunciar o Campo de Golfe como uma prioridade do executivo e tantos anos depois nada se saber sobre o estudo de viabilidade económica.
Se foi feito, se não.
Por quem e quais os resultados.
Saber se de facto existiram contactos com potenciais investidores, nacionais ou estrangeiros. Saber se, por acaso, outros locais foram objecto de estudo.
Saber se houve algum estudo de impacto ambiental.
Como é possivel tantos anos depois subsistirem tantas duvidas.É caso para perguntar se é assim, com esta postura de secretismo, que se consegue mobilizar vontades e população em torno de um projecto.

51 comentários:

Anónimo disse...

Campo de golfe? Então este terreno é meu!

Anónimo disse...

São mesmo oliveiras.

Anónimo disse...

Afinal está adiantado, já está ervado e tudo.

Anónimo disse...

A Câmara farta-se de trabalhar neste projecto.
Começaram pela erva, já só faltam os buracos e o hotel de 5 estrelas.

Anónimo disse...

A Acim já que não organiza a Expo-Mealhada podia organizar os torneios de Golf.

Anónimo disse...

Campo de Golfe ou Golphe de Campo?

Na foto faltam mostrar 484 vivendas de luxo, como está no projecto.
E era uma vez um vice-presidente do CDS que desceu da cidade capital do império ao povoado e à falta do buliço da cidade pensou que estava tudo a dormir e só encontrou para combinar a tramoia uns senhores que fazem vida no largo do município na Mealhada. E vai daí toca de combinarem as coisinhas sem passarem cartão ao pagode.
Mas fizeram barulho e o pagode acordou. E vai daí o caldo entornou-se...
Recomenda-se cuidado para que ninguém se queime com o caldo que está fervente.

Anónimo disse...

Uma brincadeira de mau gosto. Senão, leia-se:"em Belas não ganhamos dinheiro, em Lisboa não há massa crítica como há no Algarve". Sabem quem disse isto? -André Jordan, o homem que em Portugal mais percebe e mais investe no negócio do golfe. Tem 5 campos de golfe em Vilamoura e 1 em Belas (Belas Clube de Campo, na Quinta da Marinha, arredores de Lisboa), que lhe dá prejuízo. Ora se Lisboa não tem massa crítica para rentabilizar um Campo de Golfe,como será em Pampilhosa?

Anónimo disse...

Estes Senhores querem fazer o campo de golfe e começar pelo telhado.
Pensam nos hoteis, vivendas de luxo,etc.
O terreno é mais ou menos por ali. E porque não é por ali ou por acolá?
Dava mais jeito para desenhar na carta militar?
E esses terrenos não têm dono? Serão da Joana?
Quem vai fazer as vivendas? E o campo? E os hoteis? que conversas já houve? Com empresários? Da terra? De fora? Especialistas ambientais? Nada não se sabe nada.
O Sr Cabral deve ter ido num passeio patrocinado pela Câmara a um lado qualquer viu um campo verde e umas oliveiras e pensou isto lá na minha Pampilhosa é que ficava bem.
E foi assim que nasceu o Campo de Golfe da Pampilhosa.

Anónimo disse...

Isto chama-se meter os pes pelas mãos.
Uma ideia por muito boa que seja, e isso é sempre discutivel, não pode ser apresentada assim.
Pensam que o zé povinho não pensa?
Terrenos herdados de várias gerações para dar ao grupinho dos confrades?
Se querem enriquecer não o façam à custa dos outros.

Anónimo disse...

Os proprietários têm é que estar caladinhos porque vão ganhar dinheiro e têm lá os terrenos parados.
E o campo de golfe ainda lhes vai dar emprego.
Deviam era agradecer ao Cabral por não os mandar prender a todos.

Anónimo disse...

Sou proprietário e não sei nada do campo de golfe. Nao estou a viver na Pampilhosa mas podia ter sido contactado. Afinal uma Câmara deve querer resolver as coisas a bem.

Anónimo disse...

O Cabral só promete, depois arrasta os mesmos projectos anos.
Esta ideia era mais uma do Marqueiro, mas como eles nem se podem ver o Marqueiro não o ajuda a resolver nada.
E o Cabral para não dar o braço a torcer não lhe pede nada.
Para traidor traidor e meio.

Anónimo disse...

Breda Marques não era altura de escrever o texto?
Não me diga que foi jogar Golfe?

Anónimo disse...

O Cabral não faz a mais pequena ideia acerca dos custos de manutenção de um campo de golfe.
Ele que pergunte aos gajos da Curia.
Alias, se fosse possivel, os gajos da Curia transladavam o deles para a Pampilhosa só para se verem livres dele.

Anónimo disse...

Meus amigos que eu saiba os campos de golf são sempre da iniciativa privada,a sua construção,manutenção,e exploração da componente habitacional.

Anónimo disse...

Anónimo de MArch 15,2007 8:32 AM

Se o que sabe é verdade então para que é que a Câmara já gastou muitos milhares de euros públicos (meus e seus incluídos) com uma iniciativa privada que não gera nenhum bem público. Diga-me quantos postos de trabalho garante esse empresário? Que outras mais valias para a população local? Diga. Conte-nos o que sabe........

Anónimo disse...

Ao ler estes comentários, percebe-se que há muita desinformação. Ora é precisamente à custa da ignorância, da desinformação, que vivem os parasitas do poder - sugam todo o tutano que podem, no segredo dos gabinetes. E o zé povinho, quando finalmente acorda, está de tanga - chuparam-lhe toda a carne, até aos ossos. E deixou chupar, deixou chupar, porque na sua incorrigível ganância pensava que de alguma forma também ia ficar rico!!! Acordem enquanto é tempo!!! Ou não tarda muito apenas restará o vosso esqueleto... e o pior é que depois nem sequer têm os vossos bocadinhos de terreno para plantar umas couves para comer, para ver se criam de novo alguma carne!!!

Anónimo disse...

Boa Silop, é isso mesmo.
Mais, aquilo que parece "parado" dá de comer a muita gente. Daquelas oliveiras tirei este ano perto de 400 litros de azeite. E se os poderes públicos tivessem vontade de desenvolver verdadeiramente aquela zona então fariam uma represa no rio Cértima na zona de Santa Cristina que permitiria fazer regadio por todo o vale dentro da área do município.
Daria muitos postos de trabalho, rentáveis e bons alimentos para muita gente. Mas isso não lhes interessa. Querem é enriquecer ainda mais à nossa custa e a gente que vá deixar o nosso nos hipermercados e com fraca qualidade.
Parasitas, pois claro...
Cá os esperamos...

Anónimo disse...

Amigo Big Breda acabe lá o artigo para se poder comentar.

Anónimo disse...

O Breda Marques afinal trabalha...
Ou então anda mesmo a jogar Golfe.

Anónimo disse...

Muitas vezes para que a iniciativa privada arranque é necessário que as entidades públicas façam alguma coisa que a leve a investir.No caso presente,há vários anos a CMM apontou para um local um determinado projecto,mandou estudar a viabilidade técnico-economica,mandou elaborar um plano de Pormenor e pelo que vem nos jornais estamos nesta fase.Mais não posso dizer porque não sei.Reafirmo o que escrevi anteriormente.

Anónimo disse...

Se o Cabral resolver o problema como resolveu o dos Viveiros Florestais, então não há razões para temer. Pois é!

Anónimo disse...

Cada vez estás pior, ó Breda Marques!!! Assim não vais lá...
A guerra civil no Iraque não te diz nada? Não tens remorsos? Morreu tanta gente para quê? Porque é que votaste a favor da invasão?!Agora queres golfe? Como é que tu sabes que o Cabral não vai resolver os problemas. Olha os Viveiros Florestais. Foi um golpe de mestre não foi?
Tem paciência...

Anónimo disse...

Caro interlocutor anónimo
Vou deixar de parte essa dos poderes públicos apoiarem os interesses privados. Não deve ter pensado o que disse! Por isso mesmo estão os tribunais cheios com processos de autarcas amigos de investidores.
Eu também precisava de apoio público para uns projectos que tenho para valorizar o meu património...
Mudemos de assunto:
- Sabe que a zona em causa está quase toda incluída na RAN e na REN. E na RAN não como zona de sequeiro mas como zona de regadio com altíssimo potencial agrícola. E sabe que zonas deste tipo são escassas no nosso país e muito mais no nosso concelho. Sabe que alinear para outros fins este tipo de terrenos deveria ser considerado crime, não perante a justiça que não vale nada, mas perante as gerações vindouras.
Quem o fizer está a condenar-nos a ter de comer da prateleira do hipermercado o que os espanhóis produzem e de fraca qualidade.
Tenhamos vergonha desta nossa dependência. Dizer que somos uma Nação independente è balela quando depois na prática estamos cada vez mais dependentes nomeadamente dos espanhois.
Haja senso, antes que seja tarde...

Anónimo disse...

Descansem todos, porque já não vai haver Campo de Golfe.
É que o imobiliário está em crise - e a energia nuclear dá mais dinheiro!!!

Anónimo disse...

O que é que tem a ver o Campo de Golfe com o Iraque?
Francamente, há pessoas que em vez de argumentar, racionalmente, expelem fogo.

Anónimo disse...

Este campo está cheio de minas...

Anónimo disse...

Custa mesmo acreditar é como é possivel um Vereador como é o seu caso não ter essa informação.
E acredito que não a tenha e acredito que não haja.
O Breda Marques assume aqui as suas posições e como é natural se não falar verdade terá as suas consequências.
Dá a cara, o que é raro hoje em dia.
Não voto no concelho da Mealhada e não sou do PSD mas admiro a sua coragem.

Anónimo disse...

O Breda sabe bem porque motivo sugeriu reuniões com os proprietários.
Primeiro porque eles são do PSD e segundo porque sabe que o Cabral não vai em paleios.

Anónimo disse...

O Cabral continua no mesmo quero posso e mando.

Anónimo disse...

Quem tem um mandato de 25 anos é dono da Câmara.

Anónimo disse...

Sou um acérrimo defensor de um campo de golfe no nosso concelho.
A localização pode ser avaliada por técnicos.
A mais valia era muito grande. Postos de trabalho, valorização do ambiente, atracão turistica.
O Presidente se calhar não é muito bom comunicador.
Este projecto podia ser de facto um projecto mobilizador.
Lamento esta trapalhada toda.

Anónimo disse...

E os interesses instalados?
Julgam que era para os nossos flhos?
Vão gozar com outros.

Anónimo disse...

Esta Câmara até um convite dos proprietários para um debate de ideias ignorou.
Chega a ser ridiculo este autoritarismo saloio.

Anónimo disse...

É aceitável que defensores da linha Cabral tenham dificuldades em argumentar por isso o fazem com fogo.
Não conseguem entender que se o problema demorar o mesmo tempo a ser resolvido como os Viveiros Florestais são 17 anos.
Abram os olhos.

Anónimo disse...

Sou proprietário de terrenos na área em causa e cultivo-os como posso.
Custa-me perder o que me deixaram os meus avós que passaram muitos sacrifícios. Porém,acreditem, estaria disposto a fazer esse sacrifício em favor do bem comum.
Agora preciso que me expliquem quais serão os aspectos em que o campo de golfe trará esse bem comum.
Para já só vejo que traga o bem pessoal de alguns figurantes da nossa e de outras praças. Dizer que vem melhorar o ambiente parece-me balofa essa afirmação pois pelo contrário trará alguns perigos ambientais, adubações, contaminação de águas, etc.. Justificar uma posição com a melhoria do aspecto visual da zona é muito pobre e vazio de conteúdo.
Ainda toleraria se o que estivesse em causa fosse a infra-estrutura desportiva em si mesma, o designado caminho do golfe com os seus buracos, obstáculos, instalações para a prática, etc., etc.
Mas não é esse o interesse que move essa gente. O que está em causa é terem acesso quase à borla, fala-se em valores à volta de Um euro o metro quadrado!!!,a uma zona realmente muito bonita para daí fazerem fortuna com um projecto imobiliário.
Ora isso eu nunca permitirei sob pena de perder a minha dignidade.
Só por cima do meu cadáver...

Anónimo disse...

Repito o que escrevi no dia 14: “Em Lisboa não há massa crítica como há no Algarve”, disse André Jordan, proprietário do Belas Clube de Campo, arredores de Lisboa, que lhe dá prejuízo. Pelo contrário, os 5 campos de golfe que possui no Algarve, dão-lhe lucro. O homem sabe do que fala. Se Lisboa não tem massa crítica para rentabilizar um Campo de Golfe, será que a Pampilhosa tem? Esta é que é a verdadeira questão. Vão destruir uma área com potencial agrícola. Desmobilizam, desse modo, os poucos agricultores que ainda se mantêm no activo. Destroem solos férteis e um “savoir faire”, que dificilmente serão reversíveis. Fazem, à força, por cima dessas ruínas, um Campo de Golfe que será um acto falhado, no local errado e que, inevitavelmente, irá à falência. E se um dia a União Europeia ruir e nós formos obrigados a ter de semear e plantar, de novo, para comer? Quem o fará, uma vez que se perderão os terrenos e o “know how”? Esta é que é a questão fundamental, que deveria ser discutida. Deixemo-nos de piadinhas foleiras e salamaleques estéreis.

Anónimo disse...

Caro Gonçalo
Só hoje voltei ao seu blog e fiquei admirado com a participação que tem tido. Sem dúvida uma pedrada no charco do, aparente pelo menos, desinteresse que as pessoas revelam pela vida pública. Dou-lhe os meus parabéns pela iniciativa e incentivo-o a que não desista. Este será um dos caminhos da participação democrática dos cidadãos. Pena é que ainda uma percentagem pequena de pessoas tenha acesso a este meio de comunicação.
Em particulatr este último post e os comentários feitos, sobre o campo de golfe, é elucidativo da desinformação que existe e que, na minha opinião, é própria da forma de estar de alguns políticos que nos governam.
Para mim que, como sabe sou um dos mais de 400 proprietários de terrenos naquela zona e que junto da Associação que constituímos tenho levantado muitas reservas sobre o projecto e principalmente sobre a forma como tem sido conduzido o processo pelos poderes públicos, julgo que é altura de o Gonçalo assumir uma atitude mais activa neste processo.
O que tem estado em causa não é tanto o campo de golfe em si mesmo mas sim o projecto imobiliário que ocupará a maior parte dos 150 ha. Assim e porque o campo de golfe poderá ser uma infraestutura importante para o turismo regional, proponho-lhe que sugira em reunião de Câmara que seja feita a proposta aos proprietários de cedência do terreno necessário à construção do campo com a contrapartida de a Câmara urbanizar a parte agora destinada à parte imobiliária e permitir a construção pelos proprietários. Tal seria viável fazendo uma perequação entre os proprietários e de acordo com as áreas que cada um tem. Não sendo fácil isso é possível desde que haja boa-fé.
Agora, com a situação criada de desconfianças, não creio que seja possível avançar com o projecto . Mas o grave da questão é que na revisão do PDM e que depois de aprovada vigorará pelo menos por mais dez anos, essa área está afecta a equipamento/golfe inviabilizando outra possível utilização!
Com essa proposta se esclarecerá de uma vez por todas se o interesse é fazer o campo de golfe ou se são interesses de especulação imobiliária.
A hotelaria do Luso e outra agradeceria uma solução desse tipo em que o jogador/praticante/turista tivesse de recorrer aos seus serviços.
Analise a situação e caso precise de dados ou outra ajuda estou ao dispôr.
Melhores sadações
António Costa

Anónimo disse...

Caro Gonçalo
Depois de consultar a minha almofada esta noite ela indicou-me mais alguns pormenores da proposta que lhe fiz ontem à noite...e apesar de ainda a não ter publicado. Eu compreendo...as manhãs de domingo...
Assim:
- Os terrenos para o campo de golfe e instalações complementares (club house, bar e restaurante) seriam cedidos gratuitamente à Câmara Municipal.
- Ela directamente, ou através de protocolo com outra entidade, por exemplo associações hoteleiras)construiria e exploraria o campo de golfe e o restaurante.
- Caso o negócio do golfe se verificasse rentável manteriam a estrutura mas, como alguns advogam, o não fosse então a Câmara, já proprietária, poderia dispor dos terrenos para outros fins, nomeadamente para construção também.
- Os legítimissimos interesses dos actuais proprietários já teriam sido salvaguardados com a urbanização da parte restante, a actualmente destinada à parte imobiliária.

Aqui fica o meu contributo.
Continuo ao dispôr.

António Costa

Anónimo disse...

Pedindo desculpa aos companheiros de blog por estar a monopolizar este espaço, não queria deixar de aqui, publicamente, agradecer ao Sr. Engº Sampaio Nunes, promotor deste projecto e ao que sei, como referido por um anónimo, vice-presidente do CDS/PP e um dos proponentes da central nuclear em Portugal, de lhe agradecer, dizia, o ter-nos acordado do sono em que viviamos.
Os meus sinceros agradecimentos

António Costa

Anónimo disse...

Ao Sr Costa gostaria de dizer que actualmente o PDM OBRIGA a definir a perequação das areas destinadas a construção,não deve estar preocupado com isso,pois qualquer avaliação do terreno terá de partir desse dado obrigatório.Aconselho-o a estar atento ao PDM OU AO Plano de Pormenor para o campo de golfe.

Anónimo disse...

Concordo com o Sr. António Costa, e com o Breda Marques, de facto sem informação, fazendo tudo no silêncio, tratando os outros com o desrespeito de nem sequer os consultar não se vai a lado nenhum.
Os proprietários até facilitaram a vida à Câmara constituindo uma associação.
Mesmo assim a Câmara continua a ignorar por completo.
A primeira reacção não foi óbviamente a melhor, mas não podia ser outra, depois de sermos apanhados de surpresa.
Mas hoje nem sequer existe muita oposição à construção do campo de golfe, as pessoas querem é ser ouvidas e ser respeitadas.
Se todos participarem nestas decisões só fortalece um projecto.

Anónimo disse...

Estimável Sr Anónimo de March18,2007 5.33AM

Antes de mais agradeço a sua resposta. Parece que o Sr. tem o bom hábito de dialogar...
Ficaria muito agradecido que me indicasse em que capítulo e que artigo, naturalmente do regulamento do PDM, se encontra essa disposição obrigatória.
Eu faço os possíveis por estar atento mas o plano de pormenor do campo de golfe não o conheço. Dele só se cumpriu a fase de auscultação pública e ainda não veio à discussão pública, essa sim obrigatória. Aliás é disso mesmo que temos falado neste espaço.Provavelmente o Sr. terá conhecimentos que não são do domínio público. Há gente assim...
Sobre o não dever estar preocupado o que lhe recomendava é que vestisse a pele de proprietário e, face à actuação da Câmara Municipal, ou seja ao secretismo, à falta de diálogo até mesmo com a Associação, e refletisse se tinha motivos para não se preocupar.
Fica a aguardar a sua informação sobre o PDM ou o PP do golfe.
Muito grato ficarei.
António Costa

Anónimo disse...

Comtinuo à espera Sr. Anónimo de
Merch18,2007 5.33AM que me passe as informações que tem sobre PDM ou PP do golfe.
Agradecido
António Costa

Anónimo disse...

Caro Antonio Costa:

Disse-lhe para estar atento ao PDM(após a revisão)ou ao Plano de Pormenor do campo de golfe,porque estes instrumentos de planeamento darão a resposta ao problema da perequação de que o senhor fala e bem.Não poderá haver campo de golfe sem que um destes planos esteja aprovado,por isso atenção à
fase de discusão pública.Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro Anónimo de March,2007 2.35AM

Agradeço-lhe a informação, agora explícita.
No entanto, saliente-se que na qualidade de anónimo está bem informado de planos que ainda não são do domínio público. Fico, naturalmente com a ideia, sob pena de ser ilegítimo esse conhecimento, que está em posição de colmatar as lacunas que aqui têm sido referidas, de falta de diálogo com os proprietários e que lhe ficaria bem assumir e corrigir isso aqui, publicamente. Se o Gonçalo Breda Marques assumiu a sua condição de vereador da oposição e o seus desconhecimentos e interrogações, o Sr., em nome da honradez e da tranparência, deveria assumir o seu papel de conhecedor e talvez responsável pelo projecto.
Como pessoa séria que me prezo lanço-lhe este desafio.
Cabe-lhe decidir....
Cumprimentos
António Costa

Anónimo disse...

Eu não conheço em concreto os planos que se fazem neste momento,sei que o campo de golfe não poderá fazer-se legalmente sem aprovação de um dos planos de que falei.Como vejo preocupação nas pessoas,sobretudo dos proprietários,decidi dizer-lhes que terão oportunidade de ajuízar da boa-fé camarária quando for apresentado qualquer um destes planos,pois aí se verá a perequação proposta para os terrenos onde se pretende fazer um campo de golfe.É justo que os terrenos sejam avaliados como terrenos de construção e não como terrenos com aptidão agrícola ou ecológica.Cumprimentos

Anónimo disse...

Partindo do principio que o Sr. Anónimo de March 19,2007 10:23 é o mesmo do comentário que mereceu a minha última resposta devo dizer-lhe que o Sr. não está inteirado do que se tem passado e que, a nós proprietários, nos tem levado a reagir de forma agressiva.
Não saberá concerteza da proposta concreta para a cedência dos terrenos que o promotor, o falado Engº Sampaio Nunes, nos apresentou para assinarmos, preto no branco. Não sabe concerteza dos valores propostos para a compra dos terrenos e que outro comentador já referiu de à volta de um euro/m2.
Mesmo para além da retribuição dos terrenos nenhuma entidade se preocupou com os meus conterrâneos que teimosamente continuam a cultivar as terras, contra todas as adversidades e que não estão interessados em vender sem terem alternativas de trabalho. Recusam ir para os bancos do jardim e para a tasca gastar os trocos que receberem de lá. Não sabe também o Sr. que há outros projectos para a zona agrícola de regadio ali incluída e que já um empresário agrícola do ramo da agricultura biológica se propôs explorar cinco hectares de área coberta (estufas) criando mais postos de trabalho que todo o campo de golfe nos seus 150 hectares. E sabe o que fez a Câmara, convidada para uma reunião de trabalho com esse empresário? Ignorou a reunião e não compareceu nem se dignou justificar-se!
Acha que há boa-fé nesta forma de actuar? Valha-o Deus.
O sr. de aparentes certezas remete-se agora para simples opiniões mas aconselho-o a só as dar sobre o que conhece.
Digo-lhe ainda que não conhece as estimativas de custos apresentadas pelo promotor pois se as conhecesse não diria, que os terrenos deverão ser pagos a preços de construção. Não é possívelque tal caiba no orçamentado.
Termino pedindo desculpa aos outros companheiros de blog e ao proprietário em particular pelo tempo e espaço que lhes ocupei e recomendando-lhe a si Sr. Anónimo que se mantenha atento e informado para depois se pronunciar com apropósito.
Cumprimentos
António Costa

Anónimo disse...

Caro António Costa:
O agradecimento ao Eng. Sampaio Nunes, de 18/3, é a sério ou é a brincar?
Acreditas mesmo que é viável um Campo de Golfe na Pampilhosa, quando o não é em Lisboa (Belas Clube de Campo), como foi referido acima por Silop?
Não achas que está a ocorrer uma espécie de obsessiva cegueira colectiva provocada pela expectativa do brilho refulgente do vil metal que alguns pensam embolsar brevemente, à custa do Campo de Golfe, imaginando que com esse passe de mágica ficarão ricos, verão todos os seus problemas resolvidos, não lhes interessando absolutamente nada o que vier a seguir? E o que pode vir a seguir é a insolvência, o flop, a falência do Campo de Golfe, sobrevivendo apenas o imobiliário construído… Mas se o que interessa verdadeiramente é o imobiliário, para quê fazer um elefante branco inviável, um Campo de Golfe na Pampilhosa?
Pensas, também, como o anónimo de 18 Março 6:42 AM, que “hoje nem sequer existe muita oposição à construção do campo de golfe” e que o que as pessoas querem “é ser ouvidas e ser respeitadas”? É só isso o que as pessoas querem? De verdade?
AMSoares

Anónimo disse...

Caro Dr. Mano Soares
É um gosto ver-te por aqui a participar neste forum. Tenha a ideia que é com a participação das pessoas, no maior número possível e com seriedade que o nosso Portugal pode avançar.
Sobre o meu agradecimento ao Sr. Engº Sampaio Nunes ele é sincero e vou tentar explicar-te com que fundamentos:
- A zona agrícola agora proposta para ser incluída no golfe foi ao longo dos tempos, como tu sabes, considerada o celeiro da Pampilhosa. Nela se cultivou muito milho, muito feijão, muitas leguminosas, muito horto, muita forragem e se recolheu muita azeitona de onde se produziu muito e bom azeite que deu ocupação a dois lagares ali existentes.
- Com a industrialização e principalmente com a emigração para a Europa, começou a faltar mão-de-obra para os trabalhos rurais e isso provocou que as infraestruturas nomeadamente de rega, que eram artesanais, fossem desprezadas e fizessem ruir quase todo o processo produtivo.
- Em pouco mais de três décadas toda aquela zona se alterou passando de uma actividade intensa para um desprezo quase absoluto.
- Para agravar a situação os poderes públicos ou por incapacidade ou por má-fé, tendo em conta o projecto que depois nos apresentaram do golfe, nunca se interessaram em apoiar os heróicos resistentes que mantiveram o cultivo das suas parcelas.
- É de considerar que é mais fácil ir à prateleira do hipermercado e pôr no carrinho e cada um que se amanhe para pagar...
- Mas esse, considero eu, é um caminho sem futuro pois qualquer dia nem eles conseguem resolver o seu problema na caixa do hipermercado...
- E vivíamos nós lastimando a nossa sorte vendo os campos dos nossos avós, outrora bem cultivados e produtivos e agora abandonados e estéreis até que o coelho pôs o rabo de fora da toca. Desculpem o rabo não o taco pois vinha vestido de golfista.
- Já se ouviam uns zunszuns mas foi em 20 de Março de 2001, faz hoje precisamente 6 anos que se realizou uma Assembleia de Freguesia na Filarmónica Pampilhosense e que pretendeu ser uma das peças da auscultação pública, obrigatória por lei, do Plano de Pormenor congeminado pela CMM e pelo promotor.
- Só aí começámos a acordar do sono em que vivíamos e as pessoas começaram a tomar consciência da tramoia que nos armavam.
- Acabámos por saber que o processo decorria, no segredo dos nossos deuses desde 1994 e que já haviam sido feitos três estudos/projectos com memórias descritivas e um total 41 peças desenhadas (plantas)! Mas sempre que foram interrogados sobre os zunszuns os nossos autarcas sempre disseram que nada sabiam!!! Sérios!!!
- Para finalizar, o meu agradecimento ao Sr. Engº Sampaio Nunes é pelo facto de nos ter acordado do sono em que vivíamos.
- Não estou preocupado se o golfe é ou não rentável pois eu não sou o pai da criança e não tenho responsabilidades no seu sustento.
- Quero e exijo que me respeitem e que negoceiem comigo devidamente e depois direi quais são as minhas condições...
Esclarecido?
Um abraço
António Costa

Anónimo disse...

Caro António Costa:
Exiges respeito e que negoceiem contigo devidamente. De acordo, estás no teu direito de fazer estas exigências.
Por outro lado, não estás preocupado com a rentabilidade do campo de golfe, lavas as tuas mãos de qualquer responsabilidade no seu sustento. Nisto não posso estar de acordo. É claro que também me fazia jeito algum lucro com a venda dos terrenos, mas não consigo deixar de ficar preocupado com o que aí vem. Estou mesmo muito preocupado. Temo que não seja nada de bom o que aí vem, como exponho no post anterior. Mais do que com o meu caso particular, estou preocupado sobretudo com a situação em que ficarão muitos que irão ser trucidados neste processo, sem que tenham tido tempo de se aperceber do que lhes aconteceu.
AMSoares