quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Carta de um Presidente de Câmara ao Pai Natal.

Meu querido Pai Natal, este ano não te vou pedir nada. Estou satisfeito. Tinha um Orçamento para apresentar ao eleitorado do meu concelho muito difícil, as Obras que ando a anunciar há vários anos tiveram que ser de novo adiadas. É difícil explicar isto ao eleitorado, mas este ano a oposição encarregou-se de me ajudar. Explicaram a todos que a culpa do mau Orçamento não era minha, que as Obras que prometi sem ter garantias de financiamento, afinal fiz bem em prometer, que as receitas eram menores e que eu não tive culpa, que se os fundos comunitários não estão a ser devidamente aproveitados, que eu não tenho nada a ver com isso, porque a culpa é toda do Governo. E sabes Pai Natal, o que mais gostei é que além de fazerem tudo para que pensassem que tinham sido eles a fazer o Orçamento, apenas pediram uma Obra, que consideram emblemática, um Canil Municipal. Ora Pai Natal, bastou abrir a rubrica com 1 Euro e, como já ficaram tão contentes, já nem precisamos de fazer o Canil. É que na verdade, com tanta gente a passar fome e a viver sem condições, nem mesmo gostando muito de cães, alguém ia perceber porque se gastava tantos milhares num Canil. Pai Natal, este ano não precisas de te preocupar comigo. Para o ano, voltamos a manter 1 Euro na mesma rubrica e se for preciso reforçamos a verba em 500 % (ou seja 5 Euros) para que tenham mais uma grande vitória. Obrigado Pai Natal.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Jornal da Mealhada.

Enquanto presidente da direcção do Lions Clube de Mealhada não posso deixar de condenar e lamentar de forma veemente a forma como o clube tem sido tratado pelo Jornal da Mealhada.
Não procuro protagonismo próprio, mas também não posso aceitar que uma associação que tem sede no concelho e que tantas actividades tem realizado em prol da comunidade seja “boicotada” pelo Jornal da Mealhada, só porque confundem relações pessoais com profissionais.
Até podia aceitar – se nos fosse dito - que a informação não tinha interesse jornalístico, mas esse é um argumento que cai por terra quando outros jornais – Jornal da Bairrada, Mealhada Moderna, Região Bairradina, As Beiras, Diário de Aveiro e Diário de Coimbra – têm dado uma ampla cobertura às nossas iniciativas. Será que estão todos errados e o JM é que está certo?
Os exemplos são por demais evidentes. A informação sobre um dos projectos mais emblemáticos do Clube – Apadrinhe uma Criança – foi reduzida a duas ou três linhas na agenda (todos os outros jornais deram meia página ou mais à notícia). No caso do convívio entre padrinhos e crianças, no âmbito dessa mesma campanha, a “censura” foi mais longe e decidiram cortar o presidente da direcção da foto… Quando todos os Jornais referidos deram grande destaque ao projecto "Lions lança projecto de recuperação de casa", o JM reduziu a informação a dois parágrafos procurando desvalorizar por completo o projecto. Recentemente, o clube admitiu novos sócios – pessoas de reconhecido prestígio e idoneidade na sociedade – e o que fez o JM? Simplesmente não publicou a notícia uma vez mais (veja-se como a informação foi tratada em todos os outros jornais).
Jornalismo faz-se com ética, isenção e objectividade e não em função das simpatias ou antipatias que os dirigentes dos jornais nutrem pelas pessoas. Em posts anteriores, publiquei os vários trabalhos jornalísticos onde é possível confirmar a que me refiro.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Carta ao Director.

Nuno Canilho no último Mealhada Moderna, ao abrigo do Direito de Resposta, veio desmentir a informação veiculada pela Comissão Política da Mealhada de que integraria o Conselho de Jurisdição Distrital, facto este que veio a confirmar-se no panfleto de campanha de António Topa e posteriormente no dia das eleições. O que não ficou entendível é como uma Comissão Política perante uma recusa tão peremptória se atreveu publicamente comunicar a referida indicação. Neste contexto, lógico seria que o militante/Jornalista Nuno Canilho fosse pedir explicações a quem pelos vistos, abusivamente, indicou o seu nome na Imprensa e não a mim. Convenhamos que não é muito natural alguém recusar um convite e ser na mesma indicado, como também não é natural alguém ver o seu nome na Imprensa e só reagir a um artigo de opinião que se baseia numa informação que acabou por se verificar ser verdadeira, a da indicação, é claro. Facto aqui é que a informação que me tinha sido dada não foi desmentida pela Comissão Política, nem pelo signatário, e que legitimam o meu juízo de valor. Outro assunto que merece a minha atenção, a bem da verdade, é que o militante do PSD, Nuno Canilho, afirmou no seu direito de resposta que: “ …recusei o convite, como aliás tenho feito a todos os convites de natureza político-partidária que me têm sido dirigidos desde Janeiro de 2005”, com esta afirmação, Nuno Canilho falta à verdade, uma vez que em Maio de 2008 aceitou ser mandatário de uma candidatura a Presidente do Partido, e esse é, sem dúvida alguma, um convite político-partidário. Se o militante/jornalista Nuno Canilho deve dar conselhos e pedir explicações a alguém, salvo devido respeito, não deve ser a mim, deve pedir explicações a quem indicou o seu nome, e divulgou na imprensa, essa mesma indicação, quando afinal ela até teria sido objecto de recuso imediata por parte do signatário. E as considerações que fiz vou renová-las, entendo que quem decide ser Jornalista não deve ocupar lugares políticos nem aceitar convites político-partidários a bem da coerência e da isenção, como aliás, o signatário reconhece, afinal.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Eleições Órgãos Distritais. Factos!

É um facto que as eleições estão marcadas desde o dia 27 de Outubro no Povo Livre. É um facto que a Comissão Política tem o dever de informar os militantes dos actos eleitorais. É um facto que não foi afixada a convocatória em lugar visivel, na Sede, conforme os Estatutos obrigam. É um facto que foi enviada uma convocatória aos militantes e que alguns a receberam no próprio dia das eleições e que outros já só a poderão receber depois das eleições. É um facto que a convocatória deve informar os militantes que têm até ao terceiro dia anterior da eleição a possibilidade de apresentar candidaturas. É um facto que ao receber a convocatótia no próprio dia ou depois das eleições que os militantes ficam impedidos de apresentar candidaturas uma vez que o prazo expirou. É um facto que não existe explicação possível para serem enviadas convocatórias tão tarde uma vez que as eleições foram marcadas ainda no mês de Outubro. É um facto que a Comissão Política divulgou que indicou Carvalheira e Nuno Canilho para os Órgãos Distritais mas que só aparece Carvalheira como candidato. É um facto que a Comissão Política ao indicar Nuno Canilho para um lugar em que depois não aparece que só pode ter acontecido uma de duas coisas, ou o nome não foi aceite, seja qual for o motivo ou a Comissão Política cometeu o erro de divulgar publicamente uma informação falsa. Começa a ser recorrente, já na eleição de Passos Coelho a Comissão Política veio anunciar numa semana que o mandatário concelhio era António Miguel e na semana seguinte veio publicamente assumir o erro e dizer que afinal era Carvalheira.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

As escolhas do PSD Mealhada in"Mealhada Moderna".

Quando Cavaco escreveu o artigo da boa e da má moeda (era ainda putativo candidato a Belém) estava, sobretudo, preocupado com o comportamento das pessoas. A lei da moeda explica que a má moeda só expulsa a boa porque as pessoas têm tendência a guardar o que é bom para si - passando aos outros o que é mau. Ora, a lei prova que esse comportamento acaba por ser destrutivo. Cada vez mais, é preciso ter cuidado com as escolhas, está na altura de mobilizar as pessoas para recusar a má moeda. Grande parte dos portugueses habituaram-se a esperar resultados - não a batalhar por eles. É preciso e urgente menos passividade no contacto com a má moeda. Recentemente, a Comissão Política do PSD anunciou as indicações que fez para integrar uma candidatura à Comissão Política Distrital e ao Conselho de Jurisdição Distrital. Sendo, ao que parece, uma Lista única, essas escolhas deveriam assumir ainda maior responsabilidade e por esse motivo deveriam procurar um consenso alargado, ouvindo o máximo de opiniões, porque se trata inclusivamente de uma oportunidade para aproximar e unir o Partido. No entanto, lamento muito, mas sou obrigado a discordar completamente das indicações e da forma como foi conduzido este processo. Quanto à forma, não há adjectivo para criticar tanta inabilidade política. Primeiro tentaram negociar um lugar com o candidato a Presidente da Distrital sem sequer terem a consideração de falar com o elemento que ainda fazia e faz parte desse Órgão e que foi indicado pela concelhia. Neste aspecto estou muito à vontade até porque a pessoa em causa (Carlos Pinheiro) esteve quase sempre (internamente) em campos opostos aos meus, mas não deixo de considerar uma deselegância, uma desconsideração, ainda por cima, sabendo-se agora, que foi uma pessoa assídua ao contrário do actual Presidente da Secção que não apareceu na maioria das reuniões e nem sequer enviou um representante. Sabe-se que foi feita pressão para terem uma Vice-presidência com base na alegada unanimidade que a escolha tinha no seio da concelhia. Afinal, só mais tarde, depois de todo o “negócio” estar feito é que ratificaram o nome proposto, tendo como principal argumento que seria uma escolha do candidato a Presidente - o que nem sequer acredito ser possível - trabalhei o suficiente com Antonio Topa para saber que nunca iria interferir numa decisão interna de uma concelhia. A escolha para a comissão politica distrital recaiu sobre César Carvalheira, ultimo candidato à Câmara Municipal da Mealhada. O militante Cesar Carvalheira para além de ser, juntamente com o actual presidente da Comissão Politica, o grande responsável pela brutal derrota das últimas eleições autárquicas, em que o PSD perdeu pela primeira vez a Junta de Freguesia de Ventosa do Bairro e um Vereador conquistado nas anteriores eleições. Carvalheira pela terceira vez que foi derrotado, pela terceira vez, não assumiu as responsabilidades de ser Vereador. Perder uma eleição faz parte do “jogo” democrático, o que não faz parte é não assumir as responsabilidades. Se um militante não está disponível para ocupar o lugar para o qual foi eleito também não deveria ser indicado para nenhum outro, o que se diz hoje é que não tinha tempo para ser Vereador, mas tem tempo para a Distrital, o que enfraquece sem duvida alguma o PSD/Mealhada. A outra escolha para o Conselho de Jurisdição também não me parece feliz. O militante Nuno Canilho, que depois de se tornar Director de um Jornal, recusou, e muito bem, ter cargos políticos, com esta decisão compromete a sua coerência e isenção, mas também a do Partido.
E para completar o leque de indicações, como responsável pela candidatura de Cavaco Silva, o Presidente da Comissão Politica indica-se a ele próprio, o que também não é bom para o PSD, que tinha aqui uma oportunidade de chamar alguém, de preferência um não militante ou um militante afastado da vida partidária, mas que fosse uma mais valia eleitoral para a candidatura.
O PSD demonstra com estas indicações que está fechado sobre si próprio, que são sempre os mesmos a ocuparem os lugares, que aquilo que criticavam antes é o que fazem hoje a uma escala superior e não conseguem mobilizar, credibilizar e criar raízes de simpatia.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eleições PSD Mealhada (secretas 2)

Uma vez mais, a Comissão Política do PSD Mealhada acusa falta de transparência. No dia 3 de Dezembro, irão realizar-se eleições para os Órgãos Distritais do PSD. Esta Comissão Política nem sequer foi capaz de avisar os militantes do acto eleitoral. A Distrital publicou uma convocatoria para todo o Distrito no Povo Livre (Órgão oficial do Partido). Mas, como todos sabemos, nem 1% dos militantes têm o hábito de consultar esta publicação, disponivel apenas na Internet. Nem todos são, como é óbvio, obrigados a ter Internet, nem a ler jornais (se é que tiveram o cuidado de mandar publicar a convocatória nos jornais) e mesmo que tenham pago para sair nos jornais, a convocatória sairá no dia anterior às eleições, impedindo assim que eventuais interessados em ser candidatos possam exercer os seus direitos de apresentar uma Lista. É lamentável que nem sequer afixaram a convocatória na sede em local visivel como obrigam os Estatutos. É assim que pretendem perpetuar-se nos lugares, sem dar voz aos militantes para discutirem as opções, sem realizarem Plenários de militantes, fazendo tábua rasa dos Estatutos, dando um péssimo exemplo de conduta democrática. Uma vez mais tudo é feito sem transparência.