quinta-feira, 19 de julho de 2007

Portugueses cada vez mais individados.


Crédito mal parado atingiu os 2,235 mil milhões de euros em Maio.

Os portugueses estão a recorrer cada vez mais ao crédito, mas as dívidas não param de crescer.

Os dados do Banco de Portugal revelam que em Maio o crédito mal parado atingiu os 2,235 mil milhões de euros.

As informações revelam que primeiro as famílias deixam de pagar os créditos ao consumo, seguindo-se depois os empréstimos para a habitação.
Também no mês de Maio, as cobranças duvidosas destes créditos ultrapassaram os 1,2 mil milhões de euros.

Na origem do problema estão as dificuldades causadas pela subida dos juros: em média, a taxa de juro real está nos 4,63 por cento, tendo aumentado sete décimas no último mês.

Uma nova subida está prevista para Setembro ou Outubro, já que o Banco Central Europeu sinalizou mais um aumento da taxa directora para essa altura.

Apesar disso, os bancos continuam a fazer negócio: o montante de empréstimos no crédito habitação está a subir cerca de nove por cento ao ano e no crédito ao consumo o ritmo é ainda maior, ultrapassando os 13 por cento.

6 comentários:

Anónimo disse...

Até neste concelho o crédito de certos senhores está mal parado e é mal aparado pelos munícipes. Tudo está de rastos.

Anónimo disse...

Pois.
Apesar do PS ter finalmente percebido que não pode ser só gastar, gastar, gastar, a populaça leva o seu tempo a interiorizar esta elementar verdade e a convencer-se de que, em vez de esperar que haja sempre alguem que pague (os capitalistas, os empresários, os ricos...), cada um tem de pagar as suas próprias dívidas.

Anónimo disse...

De facto o pa�s est� de tanga!
Raz�o tinham Barroso e Guterres para fugir...

Anónimo disse...

A situação é de facto má.
Mas a solução não é fugir como fizeram Barroso e Guterres.
A solução passa por tomarmos consciência de que não poderemos gastar mais do que produzimos/ganhamos.
A concessão, fácil, de crédito é um negócio chorudo para os mais poderosos, bancos e outros que promovem esse negócio com promessas de facilidades que depois se verificam ser dificuldades.
As tentações são muitas e o cidadão desprevenido cai na esparrela das facilidades, compra a crédito. Depois o cerco começa a apertar-se e a desorientação instala-se.
Verdade, verdadinha é que os grandes credores nunca ficam a perder...pode perder o merceeiro da rua ou outro pequeno comércio mas o grande acautela-se sempre.
Não tendo um governo que cuide dos pequenos não vejo outro caminho senão o de cada um tomar as precauções devidas.
Haja coragem.

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Acaba por ser normal o aumento do recurso ao crédito.
Numa situação aflitiva, com uma economia fraca, uma opção poderá ser mesmo um crédito, com o objectivo de "atrasar" a pesada carga de juros. Na esperança de que dentro de dois ou três anos, as coisas melhorem e se torne mais sustentável pagá-las. O problema vai ficar muito grave é se entretanto as coisas não melhorarem.

Anónimo disse...

A solução não é fugir como fizeram Barroso e Guterres, mas tb não pode ser como têm feito estas primitivissimas luminárias que nos estão a desgovernar, que optam pelo mais óbvio, o mais imediato e o mais simples: Aumentam os impostos (não tem nada que saber) e cortam na despesa, mas fazem-no de modo cego e atabalhoado - fecham Maternidades, SAPs, Hospitais, Tribunais, Repartições, Quarteis, etc, etc, etc. Tudo em nome do atávico cumprimento do déficit que lhes é imposto pela CE, a única coisa que verdadeiramente respeitam. Porque se respeitassem o povo, como apregoam, em vez de estar a abafar o trabalho e a arrefecer a economia, estimulavam-nos, para encher os bolsos dos portugueses em vez de os esvaziar até á penúria final, que não tardará. Mas para isso era necessário que tivessem a inteligência suficiente para serem capazes do golpe de asa que nos salvaria.