terça-feira, 11 de março de 2008

O que podemos fazer pelo nosso concelho?

O Partido Socialista está tão mal, tanto no plano nacional como local, que por vezes alguns de nós (PSD) caímos na tentação de pensar que nos basta não fazer asneiras para que o poder nos venha parar às mãos.
Não adopto obviamente este pensamento, até porque, o PSD enquanto não conseguir afirmar uma política, um rumo, um caminho estou convencido que não irá conseguir mobilizar as pessoas. Só boas orientações podem ser mobilizadoras face ao crescente afastamento das pessoas em relação à classe política e às políticas.Se o País e o concelho não quiserem ficar para trás têm que apostar nas pessoas, na sua competência. Os recursos humanos são a pedra de toque para uma boa gestão. O QREN é um desafio enorme, temos que saber aproveitar os volumosos fundos comunitários. Este novo pacote de fundos surge com a designação - QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, e traduz a vinda para Portugal de 21,5 mil milhões de euros, durante os próximos 7 anos. Isto representa, qualquer coisa como 10 milhões de euros por dia. Temo que o executivo socialista na Câmara municipal da Mealhada não tenha capacidade política nem técnica para aproveitar bem esta oportunidade, no entanto, continua a dispensar e ignorar qualquer colaboração que parta da oposição.

9 comentários:

Anónimo disse...

O lema é: nós contra o resto do mundo.

Anónimo disse...

Era o que mais faltava ter que ouvir a oposição.

Anónimo disse...

É de facto muito dinheiro. 10 milhões de euros por dia bem aproveitados podem revolucionar Portugal.
Bem aproveitados claro.

Anónimo disse...

Numa altura em que tano se fala deste Quadro de Apoio Comunitário, em virtude de serem poucos os meios que na cidade, acerca dele se pronunciam (isto se é que alguma vez alguém tomou a liberdade de, pelo menos dar-se ao trabalho de dar conhecimento aos cidadãos). Não numa óptica de politiquice ou algo parecido, como que quase de certeza que os elementos, quer da Camara, quer da Associação Comercial e Industrial da Mealhada, se é que ainda não o fizeram, talvez se levassem, ou procurassem alguem que pudesse explicar às suas empresas, quais os procedimentos a tomar para se puderem candidatar ao referido fundo...

D'artagnan disse...

Vejamos:

Em Portugal (e enquanto a Mealhada não mudar de país, presumo que também se aplique), há o hábito de dizer que há "mundos e fundos" para ir buscar a Bruxelas. Ora, quem já executou candidaturas a esses fundos sabe que não é rigorosamente assim.

Os prazos de candidatura são no QREN, completamente diferentes dos anteriores quadros comunitários de apoio.

Concordo com alguma inabilidade deste executivo para o aproveitamento de fundos, o que aliás não é de espantar dado o facto de não ser composto por nenhum profissional especialmente dotado para a área económica. Mas não posso concordar com a forma intelectualmente (politicamente) desonesta com que colocas o post.

Mais, tendo em linha de conta uma primeira abordagem sobre a temática turística feita pelo "LusoInova" (que neste momento me parece ainda, só um arrolamento de intenções), pode vir a perspectivar-se uma abordagem QREN com capacidade estruturante.

Assim como a Associação da Industria Portuguesa fez um estudo gratuito sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa e o ofereceu ao governo, não estou a ver o que possa impedir o PSD (e restante oposição) de fazer um estudo de candidatura ao QREN, a oferece-lo ao executivo camarário e a publicita-lo, como contributo PROACTIVO para o bom andamento do concelho.

Pena é, que também não veja no PSD, gente especialmente dotada para o fazer. Mas posso estar enganado, meu caro.

Conta-Corrente disse...

Com o devido respeito caro d`artagnan não deu para perceber o que neste post considera politicamente desonesto.
Os números são verdadeiros. É um facto que duvido da capacidade política e técnica do executivo socialista para aproveitar bem esta oportunidade.
Outro facto é que praticamente todas as sugestões e propostas que os elementos do PSD têm feito são chumbadas sem qualquer fundamentação.
Outro facto é que não existe nenhuma preocupação por parte do executivo socialista em partilhar, dialogar ou simplesmente informar os elementos do PSD sobre nenhuma matéria.

D'artagnan disse...

Ora bem: Fazes 4 afirmações e uma pergunta. Quanto às afirmações, sei que são verdade, quanto à pergunta a resposta é: Sempre que se atira com numeros para cima da mesa, há que explicar igualmente o que significam esses números e exactamente ao que se destinam, pois como se sabe,os incentivos (frizo a palavra "incentivo") destinam-se a áreas muito específicas e com timmings precisos. Não são fundos como os de "antigamente".

Conta-Corrente disse...

Caro D`artagnan:Este novo pacote de fundos surge com a designação, QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, e traduz a vinda para Portugal de 21,5 mil milhões de euros, durante os próximos 7 anos. Isto representa, qualquer coisa como 10 milhões de euros por dia. É, de facto, muito dinheiro. Foi um longo processo negocial, que teve o seu início em 2005, precisamente, numa altura em que o actual Presidente da Comissão Europeia - Durão Barroso - era o Primeiro Ministro de Portugal. Este documento – QREN - enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal, até 2013 e assume como grande desígnio estratégico a qualificação dos portugueses, valorizando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação, bem como a promoção de níveis elevados e sustentados de desenvolvimento económico e sócio-cultural e de qualificação territorial, num quadro de valorização da igualdade de oportunidades e, bem assim, do aumento da eficiência e qualidade das instituições públicas.
Melhores cumprimentos.

alex disse...

A questão d'"os fundos" é muito relevante para o desenvolvimento, do país, das regiões, dos locais, das pessoas, das empresas e demais instituições públicas e privadas. É preciso é ter em consideração que "os fundos" não são um fim em si mesmo, mas um meio para promover esse tão desejado desenvolvimento. Para os aproveitar é preciso, para além de competências técnicas específicas, ter uma estratégia. Ora é aqui que "a porca torce o rabo"... Os potencias beneficiários d'"os fundos" têm ou não uma estratégia previamente definida para saber ao que se vão candidatar? Penso que aqui há muitas lacunas. Todavia há empresas, autarquias e outras entidades que se anteciparam, contrataram consultores/as, fizeram o seu planeamento estratégico e, agora, que "os fundos" estão aí estão em condições de se candidatar. A CMMealhada fez ou não este trabalho prévio? Esta é a minha questão... Qual a sua perspectiva de desenvolvimento para o concelho, como se insere na Região Centro, no país e na Europa, que parcerias estabelece... Estas são outras questões! Há muitas mais, claro...