domingo, 19 de abril de 2009

Nem Eira nem Beira.

5 comentários:

Anónimo disse...

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar…

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar…

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

Anónimo disse...

Vão ser muito animados os comícios do PSD…
Até parece que a estou a ver: a MFLeite a abanar a carola ao som dos Xutos

Anónimo disse...

Isto também dá lugar a processo ?

Anónimo disse...

Os «Xutos e Pontapés» acertaram em cheio.
Não me interessa saber, sequer, quais são as suas convicções políticas. Podem ser, até, o mais socialistas que quiserem. O grande problema é que, talvez sem querer, atingiram como alvo o actual e incompetentíssimo Primeiro-Ministro de Portugal.
Puseram a nu as suas inúmeras fragilidades que são, sem dúvida, as do regime político que nos governa desde 1974.

PSD - Este tema fez-me recordar um pormenor da história da revolução russa de 1917. Quando em Janeiro de 1905 o padre Gapon organizou em São Petersburgo uma manifestação para protestar contra as miseráveis condições do proletariado russo - reprimida com violência máxima pelas tropas do Czar - não pretendia iniciar qualquer processo revolucionário. Na missiva que dirigiram a Nicolau II, os manifestantes tratavam-no mesmo por: «O nosso Pai».
Ninguém imaginaria que menos de 20 anos depois, essa mesma manifestação seria o rastilho simbólico da Revolução. Os «Xutos e Pontapés» podem ter sido, com a sua música, o mesmo rastilho simbólico que marca o fim do governo Sócrates.

Cautela disse...

Muito sinceramente, se o povo não acordar não sei para onde o país vai parar. A maioria está na miséria, não temos uma oposição credível, a maioria dos políticos é corrupta, a maioria da imprensa é corrupta, enquanto uns passam fome outros enchem-se de dinheiro, estão a retirar todos os privilégios que o 25 de Abril nos deu, muito sinceramente não sei onde vamos parar.