Pomposamente, Mário Lino reabriu ontem a ponte Eiffel de Viana do Castelo. Com a prosápia que tanto o tem notabilizado, assegurou que a ponte “vai durar mais cem anos” e que as obras decorreram com “bastante rapidez” – estas iniciaram-se a 1 de Fevereiro de 2006, iam durar 6 meses mas só terminaram 21 meses depois. A demora arruinou muitos comerciantes. Cerca de 13 mil automobilistas por dia foram obrigados a percorrer 11 quilómetros a mais para poderem entrar no centro da cidade.Estava a conduzir e a ouvir rádio quando um vianense disse que o ministro deveria pedir desculpa pelo enorme atraso – ia tendo um acidente. Pedir desculpa? Um membro de um Governo português? Por causa de um erro, de planos falhados, pela inépcia, por ter prejudicado os cidadãos? Mas – pergunto-me constantemente – em que país é que tantos portugueses julgam que vivem?
In "Correio da manhã"
4 comentários:
Eu vou é gostar de ver o Mário Lino a anunciar a construção do aeroporto de Alcochete. Proponho desde já o slogan "jamais diga jamais" ou então "nem o deserto nos pára". Isso sim, seria o grande momento-surrealista desta governação patética.
nao foi ele que disse jamais. O que ele disse foi que os especialistas lhe disseram que na margem sul jamais. Agora há outros especialistas para a qual qualquer margem serve.
"(...)e que tal demoraria mais tempo que o previsto inicialmente e com perspectivas optimistas.(...)"
Em Engenharia (E maiúsculo) não se trabalha como nos assuntos judiciários.
Não se faz nada sem um projecto que começa por prever tudo o que é... previsível.
E numa ponte metálica com aquela idade, o que seria altamente imprevisível é não estivesse ferrugenta...
Antes de se saber em que grau, nenhum engenheiro (dos inscritos na Ordem, como o Ministro assegura que está) arrisca o mínimo palpite.
Este homem não é do Norte!
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