Hoje, fui surpreendido por um jornalista que me confrontou com uns elogios que supostamente a Câmara Municipal da Mealhada terá recebido de outros Municípios à sua política ambiental.
A minha primeira questão foi se o jornal obteve essa informação porque assistiu à cerimónia ou se por acaso foram esses tais Municípios que lhe fizeram chegar essa informação.
A resposta foi clara: Recebemos a informação directamente da Câmara Municipal da Mealhada, através de um comunicado.
Pronto, então está tudo explicado, temos um concelho cheio de atentados ambientais, maus cheiros oriundos de pocilgas, outros de uma fábrica na Lameira, outros dizem que da própria ETAR, uma Mata Nacional do Bussaco com espécies únicas na Europa ao abandono, uns Viveiros Florestais à espera que se aproximem eleições,...
Mas entregamos briquetes e oleões nas escolas e já somos um modelo. Mais curioso é que esses tais municípios chegaram a elogiar a relação da autarquia com as escolas quando todos sabemos que nem em matérias relacionadas com o meio escolar a autarquia sente o dever de ouvir os responsáveis dos agrupamentos.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
12 comentários:
Essa é boa a própria Câmara é que emite um comunicado a falar no que os outros dizem.
É de rir!
Ahahahahahahah
São insuspeitos carago!
É de facto pouco razoável, sobretudo em matéria de politica ambiental procurar tirar dividendos.
O concelho da Mealhada tem realmente problemas gravissimos e não é com essas medidas que apesar de serem importantes se resolve os problemas de fundo.
Se dizem que foi assim é porque ainda foi melhor...
Eu confio na assessora de imprensa.
É verdade sim senhor.
Eu li os elogios.
Era um de Cacia, um de Estarreja, um do Outão e outro de Souselas.
Mereciam todos um prémio nobel.
A cidade da lameira, a do Luso, a das carvalheiras e o Bussaco também fizeram muitos elogios.
Ontem, 5ªfeira a qualidade do ar no Luso e arredores era excelente.
A quem devemos mais esta maravilha?
Á Camara pois claro.
Vá lá temos sorte porque em Lisboa cheirava à dita cuja,
Também é só o que sabem fazer. Não é de admirar que o ambiente esteja infestado.
Mas qual política ambiental na Mealhada?
Briquetes? Oleões? Oficinas ambientais?
Quem faz as briquetes, com o quê e qual o seu custo?
Quem verte o óleo nos oleões, quantos litros conseguem por mês e qual o destino do óleo recolhido?
Quem faz as Oficinas ambientais, qual a sua competência,quem assiste, o que é que realmente aprende, como aplica isso no seu dia a dia e em que medida é que melhora realmente o ambiente?
Qual o saldo custo/benefício de todas estas actividades?
Quantas toneladas de CO2 a menos são lançadas para a atmosfera, graças a estas medidas?
Se é assim tão bom, porque não se generalizam estas medidas por todo o concelho, com ampla publicidade?
Porquê manter estas iniciativas no limbo, como se fossem segredos de estado?
Merecerá isto ser apelidado como sendo uma política ambiental?
É a política ambiental do porreiro, pá.
Enviar um comentário