sexta-feira, 5 de junho de 2009

Europeias 2009

Domingo, dia 7, eleições para o Parlamento Europeu. Foi talvez a campanha mais infeliz que conheci. O Parlamento Europeu é, sem dúvida, uma instituição de importância capital para todos os Europeus. A par da discussão dos problemas nacionais e das “tricas” partidárias, teria sido importante conhecer o que os vários candidatos pensam sobre a Europa e as suas políticas. Apesar dos milhões gastos nesta campanha tenho a convicção que passou completamente ao lado da maioria dos portugueses. As estruturas partidárias mal se mexeram, a não ser para os encontros da "carne assada". Os candidatos, apesar do esforço de alguns, e das asneiras de outros, pouco contribuíram para despertar o interesse nacional. A nível local não foi muito diferente. O PSD – comissão política - teve um momento (apesar de curto) importante de campanha, com a candidata Regina Bastos. A JSD para além de acompanhar a visita da candidata teve o cuidado de manifestar algumas preocupações no seu blog. A CDU teve igualmente uma ligeira passagem da candidata Ilda Figueiredo por uma Instituição do concelho. O PS – comissão política – nada fez, rigorosamente nada. A JS manteve a sua coerência (existir apenas nos momentos eleitorais internos). As comissões políticas poderiam e deveriam ter dado um grande contributo: divulgando as propostas dos seus candidatos, procurando sensibilizar as pessoas para a importância de votar, poderiam chamar a atenção para problemas preocupantes e graves do concelho relacionadas com fundos comunitários (Mata do Bussaco - possibilidade premente de perder verbas programadas), etc, etc, etc. Recordo que, por vezes, em eleições internas o esforço é muito mais intenso e profícuo.

10 comentários:

Anónimo disse...

Morreu o cavaquismo

Mário Crespo

"Entre mais-valias na carteira de acções do professor Cavaco Silva e o solilóquio de Oliveira e Costa no Parlamento, morreu o cavaquismo. As horas de aflitivo testemunho enterraram o que restava do mito. Oliveira e Costa e Dias Loureiro foram delfins de Cavaco Silva. Activos, incansáveis, dinâmicos, competentes, foram para Cavaco indefectíveis, prestáveis, diligentes e serventuários. Nas posições que tinham na SLN e no BPN estavam a par da carteira de acções de Cavaco Silva e família. Os dois foram os arquitectos dos colossais apoios financeiros que nas suas diversas incarnações o cavaquismo conseguiu mobilizar logo que o vislumbre de uma hierarquia de poder em redor do antigo professor de Economia se desenhava. Intermediaram com empresários e financeiros. Hipotecaram, hipotecaram-se e (sabemos agora) hipotecaram-nos, quando a concretização dos sonhos de poder do professor exigia mais um esforço financeiro, mais uma sede de campanha, mais uma frota de veículos para as comitivas, mais uns cartazes, um andar inteiro num hotel caro ou uma viagem num avião fretado. Dias Loureiro e Oliveira e Costa estiveram lá e entregaram o que lhes foi requerido e o que não foi.

Como as hordas de pedintes romenos, esgravataram donativos entre os menos milionários e exigiram contribuições aos mais milionários. Cobraram favores passados e venderam títulos de promissórias sobre futuros favores. O BPN é muito disso. Nascido de um surpreendente surto de liquidez à disposição do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, foi montado como uma turbina de multiplicação de dinheiros que se foi aventurando cada vez mais longe, indo em jactos executivos muito para lá do ponto de não regresso. Não era o banco de Cavaco Silva, mas o facto de ser uma instituição gerida pelos homens fortes do regime cavaquista onde, como refere uma nota da Presidência da República, estava parte da ( ) "gestão das poupanças do prof. Cavaco Silva e da sua mulher", funcionou como uma garantia de confiança, do género daquele aval de qualidade nas conservas de arenque britânico onde se lê "by special appointment to His Royal Majesty " significando que o aromático peixe é recomendado pela família real. Portugal devia ter sabido pelo seu presidente que a sua confiança nos serviços bancários de Oliveira e Costa era tal que tinha investido poupanças suas em acções da holding que detinha o banco. Mas não soube. Depois, um banco de Cavaco e família teria de ser um banco da boa moeda. E não foi. Pelo que agora se sabe, confrontando datas, já o banco falia e Cavaco Silva fazia sentar na mesa do Conselho de Estado, por sua escolha pessoal, Dias Loureiro, que entre estranhos negócios com El Assir, o libanês, e Hector Hoyos, o porto-riquenho, passou a dar parecer sobre assuntos de Estado ao mais alto nível. Depois, vieram os soturnos episódios de que Oliveira e Costa nos deu conta no Parlamento, com as buscas alucinadas por dinheiro das Arábias. Surpreendentemente, quase até ao fim houve crédulos que entraram credores de sobrolho carregado para almoços com Oliveira e Costa nas históricas salas privadas do último andar da sede do BPN e saíram accionistas dos dois mil milhões de bolhas especulativas que agora os portugueses estão a pagar. Surpreendentemente também, o Banco de Portugal nada detectou. Surpreendentemente, o presidente da República protegeu o seu conselheiro, mesmo quando as dúvidas diminuíam e as certezas se avoluma, cai o regimevam. De Oliveira e Costa no Parlamento fica ainda no ar o seu ameaçador: "eu ainda não contei tudo". Quando o fizer, provavelmente, cai o regime. Francamente, com tudo o que se sabe, já não é sem tempo."

Sem dúvida que cada vez mais acredito que esta classe politica que já nos "Maias" era assim retratada, tem o seu fim anunciado. Acredito e junto-me a quem queira fazer uma revolução.

Anónimo disse...

A comissão política do PS depois de ter sido ultrapassada "por cima" ficou sem condições de trabalhar. Já se deviam ter demitido para que houvesse ainda alguma dignidade. Não voltaram a reunir desde a escolha do candidato. Estão agarrados aos lugares por birra.

Anónimo disse...

Sou militante do PSD e nem uma carta recebi de apelo ao voto. Se não fosse a televisão nem sabia quem eram os candidatos.

Anónimo disse...

Não faz sentido nenhum Rui Marqueiro continuar à frente da comissão política. Foi derrotado na sua escolha, criticou publicamente Cabral, nunca foi comedido nas criticas. E agora? Vai dizer que afinal Cabral é um bom candidato? Vai ficar quieto como esteve nesta campanha? Isso é prestar um mau serviço ao seu partido. Devia demitir-se e dar lugar a quem apoia o candidato escolhido/nomeado.

Anónimo disse...

A Comissão Política do PSD teve aliás vários momentos de campanha.
para além de ter acompanhado a candidata agora eleita numa visita ao Mercado Municipal, esteve presente quase em bloco na visita ao Hospital - recordo que a candidata teve responsabilidades governativas na área da saúde.
Para além disso, na última sexta-feira voltou a acompanhar a candidata numa visita à Feira de Sta. Luzia.
Se formos honestos, verificamos que a concelhia do PSD fez muito mais que outras com mais militantes e, provavelmente, foi por isso que o PSD terá tido mais 500 votos do que nas últimas europeias.

Anónimo disse...

Porque será que o PS no Distrito de Aveiro perdeu em todos os concelhos excepto no da Mealhada? E ainda cantam vitória? Deve ter sido do trabalho farto que fizeram no PSD.

Anónimo disse...

Os militantes do PSD nem sequer souberam da visita da candidata. O PSD não é a comissão política. Os dirigentes da comissão política deviam mibilizar os seus militantes. Fecham-se em si mesmos. Sózinhos não vão a lado nenhum.

Anónimo disse...

Jorge Carvalho deveria voltar a liderar a concelhia do PS Mealhada.

Anónimo disse...

O JC podia substituir o Marqueiro. Os dois apoiam o Carvalheira.

Anónimo disse...

Conjúgios com o JC? Não acredito. Só se for por causa do Tójó, porque o JC não pode com ele nem com molho de tomate.